Arnaldo era um menino de 6 anos que andava na EB1 de Almagreira. Por algumas vezes, chegou a casa com febre e a tossir muito.
Os pais, por diversas vezes, deslocaram-se com ele ao Centro de Saúde que funcionava temporariamente por 6 meses, dos quais já se passaram, em frente ao mini-mercado do Zé.
Pensavam que se tratava das gripes da época, mas com o esforço da Sra. Doutora, depressa chegaram a uma conclusão: o Arnaldo constipava-se porque andava a correr à chuva durante o intervalo da Escola!
O Arnaldo, no meio da sua tristeza provocada por mais um acesso febril, perguntava ao pai, porque é que na escola, tinham de brincar à chuva? O pai, encabulado, entreolhou-se sem saber o que responder ao seu petiz que tanto amava. Tentou explicar o melhor que pôde, tentando que a compreensão assolasse aquele cérebro ainda pequenino: “Sabes, Naldinho, às vezes a vida é um pouco complicada para os crescidos. Nem sempre sabemos dirigir as nossas forças para onde deve. Umas vezes, preocupamo-nos em andar a fazer queixinhas por causa dumas coisas que há na internet e que se chamam blogs, e tentamos arranjar culpados em terceiros sem ter coragem de enfrentar os responsáveis. Outras vezes, preocupamo-nos com coisas tão sem-importância e fugimos das verdadeiras responsabilidades que é dar condições aqueles que serão o nosso futuro – as crianças. Muitas vezes, também andamos bem sem nos preocuparmos com NADA, esperando que venham oportunidades de nos fazermos mostrar e exibir sem um passado meritório.”
Arnaldo, cansado pela febre, lentamente enroscou-se no colo do pai e adormeceu! Sonhou que andava a jogar à bola na escola, debaixo de um simples telheiro, que afinal, pelo que disse o seu pai, não custou tanto assim.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
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