terça-feira, 11 de maio de 2010

O Homem de Branco

Tu és Pedro. Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja”.

Foi com estas palavras, mais ou menos assim, conforme as Sagradas Escrituras, que Jesus Cristo deu início aquilo que hoje temos como Igreja, num sentido lato. Uma Igreja professada no meio dos olivais do Gólgota, em cima de mantas de serapilheira ou sobre um lajedo, em que as píxides eram de barro, em que a Sagrada Eucarístia era celebrada com pão ázimo e vinho.
Com estas palavras, surgiu o líder da religião hoje professada por todo o mundo. Esse homem que foi idealizado numa intenção de servidão, em defesa dos fracos e oprimidos e sempre envolto num manto de renúncia à comodidade, em espírito de sacrifício e indigência.
Hoje, Pedro é representado pelo “Homem de Branco”, Sua Santidade Papa Bento XVI. Um homem que enverga vestes em linhos orientais, bordadas a fios de ouro, ostentando um báculo de ouro maciço e pedras preciosas, que se dirige à multidão unicamente em Catedrais Principescas e orando perante microfones pintados a folha de ouro. As píxides são desenhadas por artistas famosos e moldadas em metais e porcelanas preciosas. O vinho é de castas refinadas e cuidadosamente seleccionadas para que o sumo divino permaneça imaculado.

Um país em declínio acolhe-o, clamando por uma palavra de conforto, de esperança. Clamando por uma luz inebriante que faça esquecer o entorpecimento do ritmo mundano que ofusca a alegria da vida.
Um país em declínio acolhe-o, esbanjando os fracos recursos que dispõe, travando a luta sofregamente pela recuperação de um bem-estar.
Um país em declínio pára! Cessa a produtividade de uma Nação.

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