sábado, 16 de janeiro de 2010

Autarca de Almagreira diz que ARSC “não quer” novo Centro


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O social-democrata Fernando Matias convocou a população para lhe dar conta da situação actual do referido processo e eleger uma comissão de acompanhamento do mesmo. Estiveram presentes cerca de 200 pessoas e todos aqueles que usaram da palavra foram para reivindicar a construção de um novo edifício.
Porém, o autarca que se fez acompanhar pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Pombal, Diogo Mateus, afirmou que tal não vai acontecer “porque eles [ARSC] não querem” acrescentando que “eles fazem o que entendem e são eles que decidem”.
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A construção de um novo edifício para a Extensão de Saúde de Almagreira, criada há 29 anos e que serve cerca de 1600 utentes, sempre foi defendida pelas autarquias, que dispõem de projecto e de terreno. O Município sempre anunciou que suportaria os custos da obra, mas colocou sempre uma condição: que a ARSC garantisse dotar as instalações com equipamento e com os meios humanos e técnicos necessários, o que nunca aconteceu.
E era esse o desejo da população. “Acho que não devemos ter medo de investir num novo edifício e colocá-lo à disposição da ARSC, mesmo que no futuro fosse utilizado para outros fins, como por exemplo para a cultura”, disse um dos populares presentes. Uma opinião subscrita por outras pessoas que usaram da palavra. Um equipamento que até poderia servir como sede de uma Unidade de Saúde Familiar, caso fosse criada no futuro, disse um dos populares “Almagreira perdeu o comboio e assim nunca construiremos condições para que a terra evolua”, afirmou Manuel Domingues, antigo presidente da Junta de Freguesia, eleito pelo Partido Socialista, que há 16 anos iniciou o processo, adiantando não acreditar que a obras de requalificação irão resolver o problema. “Só por falta de vontade política é que não se faz o novo Centro de Saúde”, acusou, apontando o dedo aos executivos social-democratas que lhe sucederam.
No entanto, tal não irá acontecer. Fernando Matias e Diogo Mateus informaram que serão efectuadas obras de requalificação das actuais instalações, assumidas pelo Município que suportará também as despesas inerentes com o aluguer de instalações provisórias onde funcionarão os serviços durante o decorrer das obras. Para tal, na próxima segunda-feira técnicos da ARSC irão ao local para verificarem a soluções proposta bem como o projecto de requalificação das actuais instalações.
O vice-presidente da Câmara Municipal adiantou, ainda, que caso as instalações provisórias não sejam aceites, mesmo com a realização de obras de adaptação, não está afastada a hipótese de serem instalados contentores para o efeito, embora nesses casos os custos sejam mais elevados.
Os autarcas deixaram a garantia que os serviços não deixarão de funcionar na freguesia, mesmo que funcionem apenas com os meios actuais (uma administrativa, uma enfermeira e uma médica).
Embora Fernando Matias tenha afirmado que seria esse o desejo da ARSC, ao dizer que “eles queriam que as instalações ainda se deteriorassem mais para depois dizer que não tinham condições para funcionar”.


in: “Noticias do Centro” Online.

Muito faltou apurar …

É estranho que, no espaço de uma semana, os motivos para a “não construção” do Centro de Saúde tenham alterado subitamente. Anteriormente, "o quadro de pessoal não estava garantido"; nesta reunião “A ARSC não quer”!
Será que irá aparecer um terceiro motivo?
No entanto, um facto se pode concluir: após esta sessão de divulgação (que não deixou de ser uma sessão de promoção política do executivo e ataque ao Governo), a Extensão de Saúde de Almagreira, vai permanecer. Com a cara lavada, sem cogumelos, mas vai ficar ... como a Toyota: "Veio para ficar, e ficou mesmo!" (isto era um slogan da concessionária em 1972).

2 comentários:

  1. E pode dizer alguma coisa sobre o abaixo-assinado contra o TGV? Se não estou em erro, já há uns anos foi realizado um, aparentemente, com o mesmo objectivo.

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  2. Caríssima JA:
    Penso que não estarei a ser exagerado, mas muito sinceramente, o importante da reunião foi exactamente aquilo que o jornalista escreveu: a discussão sobre o Centro de Saúde.
    Numa reunião que iniciou por volta das 21:30h e teve fim quase às 00:00h, o último quarto de hora foi dedicado ao tema TGV. O troço em questão, não vem infligir em Almagreira grandes "estragos", ao contrário do anterior troço. Mas também lhe posso dizer que "os grandes estragos", para alguns são bastantes. E falo de um caso que foi apresentado no lugar de Netos, em que o troço irá passar a cerca de 30 m de uma habitação. Com certeza para esse proprietário, lhe virá acarretar constrangimentos, e isso temos de confirmar. Por outro lado, o troço irá atravessar uma pecuária em construção, um complexo enorme da PROMORPEC, julgo, e outras instalações da LUSIAVES, mas ambas no concelho de Soure.
    Por outro lado, o texto do abaixo-assinado que pretendem levar a efeito, nada de justificativo e abonatório da população lá vem exarado. Vem sim, um texto com críticas meramente politicas, onde se diz que o TGV será um mau investimento para o país e outros.
    Esse texto, irei postar no comentário que a ele vou dedicar.
    Atentamente,
    António Domingues

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